Quem É O Dono Da Tvi Descubra Mário Ferreira E O Futuro Do Grupo

Muita gente se pergunta quem é o dono da TVI. A resposta curta é Mário Ferreira, um nome que tem ganhado destaque no mundo dos negócios em Portugal. Mas a história dele vai além da televisão e envolve várias empresas e até algumas polémicas. Vamos dar uma olhada mais de perto no percurso deste empresário e no que o futuro reserva para o grupo Media Capital.

Pontos Chave

  • Mário Ferreira é o principal acionista da Media Capital, o grupo que detém a TVI.
  • O empresário tem negócios diversificados, com destaque para a empresa de turismo Douro Azul.
  • Houve negociações para a compra da Newsplex, dona dos jornais Sol e I, mas o negócio não avançou.
  • Mário Ferreira foi acusado de fraude fiscal qualificada, mas o processo foi arquivado.
  • O empresário tem interesse em projetos de economia sustentável, como a exploração de lítio em Portugal.

Quem É o Dono da TVI: Mário Ferreira e o Grupo Media Capital

A Ascensão de Mário Ferreira no Grupo Media Capital

Muita gente se pergunta quem é que manda na TVI, e a resposta curta é Mário Ferreira. Ele não é um nome que apareça todos os dias nas notícias, mas este empresário, conhecido principalmente pela sua empresa de turismo fluvial Douro Azul, deu um passo gigante ao tornar-se o acionista maioritário da Media Capital. A compra desta participação, que lhe deu o controlo do grupo que detém a TVI, CNN Portugal e outros meios, foi um movimento que surpreendeu alguns no mercado. A operação foi divulgada em 2020, e desde então, Ferreira tem vindo a consolidar a sua posição.

A Participação Acionista na Media Capital

Mário Ferreira, através do seu grupo familiar Pluris Investments, adquiriu uma participação significativa na Media Capital. Inicialmente, comprou cerca de 30,22% do grupo à espanhola Prisa, mas com o tempo, essa percentagem aumentou. Atualmente, ele detém uma fatia considerável, tornando-se o maior acionista individual. É importante notar que, apesar de ser o maior acionista, a Prisa manteve alguma influência, e a estrutura acionista pode ter evoluído. A aquisição não foi vista como uma visão estratégica de longo prazo, mas sim como uma oportunidade de negócio que se apresentou Mário Ferreira explicou a sua perspetiva sobre a compra.

O Futuro da TVI Sob Nova Liderança

Com Mário Ferreira ao leme, o futuro da TVI e do grupo Media Capital parece apontar para uma gestão focada no crescimento e na estabilidade. Ferreira tem falado em querer trazer "paz" ao grupo e em aumentar o valor para todos os envolvidos, desde acionistas a trabalhadores. A sua visão passa por consolidar a posição da Media Capital no mercado, explorando sinergias entre os diferentes ativos do grupo e procurando novas oportunidades de negócio. A intenção é clara: fazer a Media Capital prosperar sob uma liderança com um compromisso demonstrado com Portugal e a sua economia.

O Perfil de Mário Ferreira: Para Além da TVI

A Empresa Douro Azul e Outros Investimentos

Mário Ferreira é um nome que, para muitos, ficou associado à TVI e ao Grupo Media Capital. Mas a verdade é que o seu percurso empresarial é bem mais vasto e começou muito antes de pensar em televisão. A sua aventura no mundo dos negócios tem as suas raízes na empresa familiar Douro Azul, um nome que se tornou sinónimo de turismo fluvial no Douro. Começou com um pequeno barco e, com o tempo e muito trabalho, transformou a Douro Azul num dos maiores operadores turísticos da região, com uma frota considerável e uma oferta diversificada.

Mas o espírito empreendedor de Ferreira não se ficou por aí. Ao longo dos anos, foi diversificando os seus investimentos, apostando em diferentes setores. A sua holding, o Grupo Pluris, gere participações em mais de 40 empresas, demonstrando uma visão estratégica para o crescimento e a consolidação de negócios. Esta diversificação mostra que Mário Ferreira não é apenas um empresário de um setor só, mas alguém com um olhar atento às oportunidades que o mercado oferece.

O Papel de Mário Ferreira na Savannah Resources

Um dos investimentos que demonstra a amplitude do seu interesse empresarial é a sua ligação à Savannah Resources. Esta empresa, focada na exploração de minerais, representa uma incursão num setor bastante diferente do media ou do turismo. A participação de Mário Ferreira na Savannah Resources, embora possa parecer distante do seu negócio principal, reflete uma estratégia de investimento diversificada e uma aposta em setores com potencial de crescimento a longo prazo. É um sinal de que o empresário está atento a novas áreas e não tem receio de apostar em mercados menos óbvios.

Apoio a Candidaturas Presidenciais

Para além da sua atividade empresarial, Mário Ferreira também se fez notar pelo seu apoio a candidaturas presidenciais. Em 2025, por exemplo, foi noticiado o seu apoio à candidatura de Gouveia e Melo. Este tipo de envolvimento demonstra uma faceta do empresário que vai além dos negócios, indicando um interesse cívico e político. Apoiar uma candidatura presidencial é um passo significativo e mostra uma vontade de influenciar o panorama político do país, algo que pode ter reflexos, diretos ou indiretos, nos seus negócios e na sua visão para o futuro.

O envolvimento em diferentes áreas, desde o turismo fluvial à exploração de recursos minerais e ao apoio político, pinta o retrato de um empresário multifacetado, com uma visão ampla e um apetite por diversificar os seus interesses e investimentos.

Negócios e Aquisições no Setor da Comunicação

Mário Ferreira e o futuro da TVI

O percurso de Mário Ferreira no mundo dos media é marcado por várias movimentações estratégicas, algumas delas bastante significativas. Uma das mais notórias foi a negociação para a aquisição da Newsplex, a empresa por trás de publicações como o Sol e o I. Esta operação, que visava expandir a presença do grupo Media Capital no setor da imprensa escrita, acabou por não se concretizar, mas demonstrou a ambição de Ferreira em consolidar a sua posição no panorama mediático.

Negociações para a Aquisição da Newsplex

As conversações para trazer a Newsplex para o guarda-chuva da Media Capital foram um capítulo interessante. A empresa, detida maioritariamente por uma sociedade controlada pela Alpac Capital España, representava um alvo estratégico para o grupo de Mário Ferreira. A ideia era clara: reforçar a presença no mercado da imprensa, algo que a Media Capital, apesar de ser dona da TVI e da CNN Portugal, ainda não tinha de forma robusta. No entanto, como acontece muitas vezes nestes negócios, as negociações não chegaram a bom porto, e a compra não se concretizou. É um lembrete de que nem todas as ambições se materializam no mundo empresarial.

A Alienação do Negócio de Rádios

Por outro lado, Mário Ferreira e a Media Capital tomaram a decisão de se desfazer do seu negócio de rádios. Em 2022, o grupo vendeu a Rádio Comercial e outras estações associadas ao grupo Bauer por uma quantia considerável, perto de 70 milhões de euros. Esta alienação foi vista por muitos como uma forma de otimizar o portfólio do grupo, focando-se em áreas consideradas mais estratégicas, como a televisão e a produção audiovisual. Foi um movimento financeiro importante que libertou capital para outras apostas.

O Falhanço da OPA da Cofina

Outro episódio relevante na história recente de Mário Ferreira no setor foi o seu envolvimento, ainda que indireto, no falhanço da Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela Cofina sobre a Media Capital. Ferreira, que já era um acionista relevante, viu-se numa posição delicada quando a Cofina tentou assumir o controlo do grupo. A OPA acabou por não ter sucesso, e este episódio deixou marcas, mostrando a complexidade e as disputas que podem surgir no setor da comunicação social. Pouco depois deste desfecho, Ferreira avançou para aumentar a sua participação na Media Capital, consolidando o seu poder.

A dinâmica de aquisições e alienações no setor da comunicação social é constante. Empresas procuram ajustar os seus portfólios, vender ativos que já não consideram centrais e investir em novas áreas. Mário Ferreira tem demonstrado uma capacidade de adaptação e uma visão estratégica nestes movimentos.

Acusações e Controvérsias Envolvendo Mário Ferreira

Acusação de Fraude Fiscal Qualificada

O nome de Mário Ferreira, figura proeminente no panorama mediático português e dono da TVI através do Grupo Media Capital, esteve no centro de uma acusação formal por fraude fiscal qualificada. O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público (MP) avançou com a acusação, que se prende com a venda de um navio, o ferry "Atlantida", em 2015. Segundo a investigação, a transação terá sido realizada através de uma estrutura societária sediada em Malta, com o intuito de dissimular o valor real da venda e, consequentemente, evitar o pagamento de impostos em Portugal. O valor em causa rondava os quatro milhões de euros.

A Venda do Ferry ‘Atlantida’

A venda do ferry "Atlantida" foi o foco principal da acusação. Este navio, outrora adquirido ao Estado após um longo período de inatividade nos estaleiros de Viana do Castelo, foi transacionado para uma empresa norueguesa. A forma como a operação foi estruturada, utilizando uma sociedade em Malta, levantou suspeitas de que o objetivo seria ocultar os lucros e fugir à tributação portuguesa. A notícia, avançada inicialmente pelo Correio da Manhã, gerou bastante atenção mediática, dada a relevância de Mário Ferreira no setor da comunicação.

A Defesa do Empresário e o Arquivamento de Casos

Perante as acusações, a equipa de defesa de Mário Ferreira veio a público refutar as alegações. O advogado do empresário, José Maria Montenegro, afirmou que todos os lucros gerados pela venda foram devidamente declarados e que os impostos devidos foram integralmente pagos. Destacou que não houve qualquer intenção de obter vantagens indevidas ou de cometer ilegalidades. É importante notar que, posteriormente, o processo relacionado com a venda do ferry "Atlantida" e a alegada fraude fiscal foi arquivado pelo Ministério Público. A defesa sublinhou que o arquivamento demonstrava a inexistência de fundamento para as acusações, nomeadamente no que diz respeito a branqueamento de capitais e à evasão fiscal.

A resolução destas questões legais, culminando no arquivamento dos processos, permitiu a Mário Ferreira continuar a sua trajetória empresarial sem o peso destas pendências judiciais, reafirmando a sua posição no mercado.

O Impacto de Mário Ferreira no Panorama Mediático Português

Mário Ferreira e o futuro da TVI

A Visão para o Crescimento da Media Capital

Mário Ferreira assumiu a liderança da Media Capital com a intenção clara de impulsionar o grupo. A sua entrada, através da Pluris, marcou um ponto de viragem, com o objetivo de trazer "paz" e crescimento. Ele mencionou querer aumentar o valor da Media Capital, tanto para os acionistas como para os trabalhadores. A ideia é fortalecer a posição da empresa no mercado, explorando novas oportunidades e otimizando os recursos existentes. A aquisição de uma participação significativa, após o falhanço da OPA da Cofina, mostrou a sua determinação em consolidar a sua presença no setor.

Compromisso com a Economia Portuguesa

O empresário tem demonstrado um forte compromisso com Portugal. A Prisa, ao vender a sua participação, destacou o "demonstrado compromisso com Portugal e a sua economia" de Mário Ferreira. Ele vê a Media Capital não apenas como um negócio, mas como uma plataforma para contribuir para o desenvolvimento económico do país. O seu historial com a Douro Azul e outros investimentos reflete essa ligação. A sua visão para a Media Capital inclui o apoio à gestão e o investimento em crescimento, o que, por sua vez, pode gerar empregos e oportunidades.

A Contribuição para uma Europa Sustentável

Embora o foco principal de Mário Ferreira seja a Media Capital e a economia portuguesa, a sua visão de negócios pode ter um alcance mais amplo. A ideia de "agilidade para fazer face a um mundo em constante mudança" sugere uma adaptação a um contexto europeu e global. A sustentabilidade, tanto económica como mediática, é um tema cada vez mais presente. A sua capacidade de investimento e a sua experiência em diferentes setores podem, indiretamente, influenciar práticas mais sustentáveis no panorama mediático, promovendo uma comunicação responsável e adaptada aos desafios do futuro.

A ambição de Mário Ferreira parece ser a de consolidar e expandir a influência da Media Capital, alinhando os interesses comerciais com um compromisso de desenvolvimento e responsabilidade. A sua abordagem, marcada por aquisições estratégicas e uma visão de longo prazo, posiciona-o como uma figura relevante na reconfiguração do setor mediático em Portugal.

O Futuro de Mário Ferreira e da TVI

E assim chegamos ao fim desta análise sobre Mário Ferreira e o seu papel na TVI. Vimos que o empresário, conhecido pela Douro Azul, assumiu uma posição de destaque no grupo Media Capital, trazendo consigo uma visão de crescimento. No entanto, o caminho não tem sido totalmente pacífico, com acusações de fraude fiscal a pairarem sobre ele, embora a sua defesa aponte para o arquivamento e pagamento de impostos. O futuro da TVI e do grupo Media Capital, sob a sua influência, parece estar num ponto de viragem. Resta saber como estas questões legais se vão resolver e qual o impacto que terão nas operações e na direção que Mário Ferreira imprimirá ao grupo nos próximos tempos. Uma coisa é certa: o mundo dos media em Portugal continua a ser um palco de grandes movimentações e Mário Ferreira é, sem dúvida, uma figura central neste cenário.

Perguntas Frequentes

Quem é Mário Ferreira e qual a sua ligação à TVI?

Mário Ferreira é um empresário português conhecido por ser o principal acionista do Grupo Media Capital, que é o dono da TVI. Ele comprou a maior parte das ações do grupo em 2020. A sua empresa mais conhecida antes de entrar na Media Capital era a Douro Azul, que organiza passeios de barco.

O que é a Media Capital?

A Media Capital é um grande grupo de comunicação social em Portugal. É dona da TVI, um dos principais canais de televisão do país, e também de outros canais como a TVI24 e a CNN Portugal. Além disso, possui estúdios para fazer programas e novelas.

Mário Ferreira foi acusado de fraude fiscal?

Sim, o Ministério Público acusou Mário Ferreira de um crime de fraude fiscal qualificada. A acusação está relacionada com a venda de um navio, o ‘ferry Atlantida’, em 2015. A ideia era que a venda, feita através de uma empresa em Malta, não fosse taxada em Portugal.

Como Mário Ferreira se defende destas acusações?

O advogado de Mário Ferreira diz que as acusações não são verdadeiras. Ele afirma que todos os lucros da venda foram declarados e que os impostos que deviam ser pagos foram pagos. Segundo o advogado, um dos casos relacionados com a fraude fiscal foi até arquivado.

Que outros negócios tem Mário Ferreira?

Para além da TVI, Mário Ferreira é muito conhecido pela sua empresa de turismo fluvial, a Douro Azul. Ele também tem participações noutras empresas, como a Savannah Resources, que pretende explorar lítio em Portugal, mostrando um interesse em áreas ligadas à economia e sustentabilidade.

Qual o futuro da TVI com Mário Ferreira?

Mário Ferreira tem planos para fazer a Media Capital crescer e aumentar o seu valor. Ele já disse que quer trazer ‘paz’ para o grupo e que está empenhado em ajudar a economia portuguesa. A sua visão inclui o desenvolvimento da empresa para beneficiar tanto os acionistas como os trabalhadores.

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